segunda-feira, 15 de outubro de 2007

MIL E UMA UTILIDADE


Ele filma, entrevista, conta a história, edita e apresenta a reportagem que fez. Suas matérias são totalmente diferentes das que estamos acostumados a ver na telinha, com repórter, produtor, editor, cinegrafista e iluminador. Discorremos a respeito do "repórter abelha", ou videorrepórter, que surgiu no Brasil no final de 1987.Nesta proposta revolucionária, o videorrepórter dirige todo o trabalho e produz a matéria como autor. Suas imagens são mais dinâmicas que as tradicionais, pois estão sempre em movimento.O videorrepórter transmite muito mais empatia com o público porque estabelece uma relação de cumplicidade com o telespectador. Talvez isso ocorra por causa da conversa durante a matéria e o uso de uma linguagem coloquial.Na videorreportagem, o trabalho também é mais ágil e prático, uma vez que o próprio repórter se desloca em seu veículo. Na reportagem tradicional são necessários mais integrantes, carros de reportagem e equipamentos sofisticados. Este deve ser o motivo pelo qual a videorreportagem é muito mais rápida na divulgação da notícia e exibe imagens mais dinâmicas.O videorrepórter também se envolve nas histórias, tornando-se testemunha e às vezes personagem dos acontecimentos. Isto faz com que haja uma sobrecarga de emoções, já que o repórter narra os fatos como estão acontecendo na sua visão.São comuns o panorâmico tremido e o rosto deformado na imagem. Mas isto não tira a credibilidade da matéria. O trabalho do videorrepórter utiliza a imagem de uma forma diferente de um repórter comum. Ele ganhou força com as novas tecnologias digitais e câmeras de vídeo mais compactas.A tecnologia e a integração das mídias digitais - televisão, rádio, internet, jornal - trouxeram agilidade para o videorrepórter e ofereceram uma alternativa para canais comunitários, emissoras de TV pequenas e sindicatos. Sua imagem tem mais vida e pode ser "manipulada" de acordo com seu ponto de vista.É necessário um bom treinamento para que o profissional aprenda a coordenar a entrevista com o microfone, equilibrar a câmera no ombro e procurar a melhor imagem do entrevistado. A videorreportagem também não descarta a pauta e a supervisão da chefia de reportagem.Este assunto me lembra o comercial da Bombril há algum tempo atrás, cujo slogan era "Bombril tem mil e uma utilidades". Não vejo outra forma de ilustrar claramente a atuação do "repórter abelha".


Loriza Kettler

2 comentários:

Anônimo disse...

ei cara você tem um potencial e tanto ainda vou te ver no JN...

Anônimo disse...

você quer se meu mantenedor