A polêmica na Câmara de vereadores de Acrelândia, com relação a lotação dos táxis no período da tarde, e aos finais de semana no ponto da Gameleira em Rio Branco, é relevante. Hoje no município, 20 taxistas tem a permissão para atuarem no trecho Acrelândia, Rio Branco. Esse número de permissionários, não é alterado há pouco mais 10 anos. Segundo o vereador Valderir Bitencourt (PSL), que fez a indicação na câmera. Os taxistas no município são organizados. O deslocamento dos carros de Acrelândia para a capital e vice-versa, são feitos com a lotação máxima de 4 passageiros, com a passagem ao preço de 30 reais. Além da lotação, os taxistas fazem o transporte de encomendas. O preço para cada carga, depende do valor, ou peso da encomenda. Segundo o vereador, o critério para a liberação de placas, é de acordo com o índice populacional. A cada mil habitantes, uma placa. Hoje, o município tem 14 mil habitantes. Por esse critério, são seis placas a mais no município. A grande questão, é que as corridas não estão atendendo de maneira efetiva, já que muitos passageiros, estão ficando na capital, ou ao contrário. Exatamente por não ter transporte de retorno. A alternativa para muitos passageiros de Acrelândia, está sendo pegar um táxi para Plácido de Castro, que é o município mais próximo. O valor da passagem para o município vizinho, é maior, 35 reais, e chegando lá, tentar uma outra condução para Acrelândia.
Os taxista se defendem, dizendo que no município, não há passageiro o suficiente para o número de táxi que estão no trecho, já que segundo eles, tem dias que tem três táxis no ponto da Gameleira e nenhum passageiro. Mas a grande questão, é exatamente essa. Se na Gameleira não tem passageiro, mas no ponto em Acrelândia tem, o prejuízo, já não é mais do taxista, e sim, do passageiro. Já que ele deixa de ir para a capital porque o taxista diz a ele, que não vai poder se deslocar, porque se for para Rio Branco, vai ficar no prejuízo, já que não terá como voltar. Mas e ai? Se o passageiro precisar ir para capital? A alternativa dos taxistas, é que o passageiro pague o frete completo, ida e volta. Em resumo, só o passageiro pode ficar no prejuízo e o taxista não.
É difícil afirmar quem tem o prejuízo maior, se é o passageiro, ou o taxista. O certo, é que as placas são concessões públicas para servir a população. Alguém tem que ter a coragem para provocar esse debate, e resolver de fato essa demanda no município, para que nem os passageiros, e nem os taxistas fiquem no prejuízo.
Minha admiração ao vereador Valderir Bitencourt, que teve a coragem de colocar essa pauta em discussão no local certo, que é a casa do povo. Para ai sim, dar uma solução definitiva.
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