terça-feira, 3 de março de 2009

Brasil dos excluídos: cidadãos sofrem com falta de infraestrutura

2 comentários:

Anônimo disse...

À questão da infância em Jordão, conforme mostrou a reportagem. A avaliação de que a vida naquele município será abreviada porque a criança vai crescer sem tomar banho de chuveiro, é coisa de quem, de fato, não conhece a alegria e a felicidade de um menino ou menina ao tomar banho de rio, principalmente exercitando o nado e os mergulhos de “facada”. E se essas crianças pertencerem a povos indígenas, como o é a grande maioria da população daquele município, é como, para nós, os brancos, a união do côncavo ao convexo, algo tão natural como carnaval e batucada, queijo e goiabada, feijoada e rede...

É claro que um urbanóide desses cuja vida vai passar seguindo um ritual ou como algo extraído de manual não pode entender, jamais, especificidades como a Amazônia. Só mesmo o desconhecimento poderiam alinhar, num mesmo gráfico, ainda que as situações sejam parecidas mas jamais iguais, municípios como Jordão, Tarauacá, na Amazônia, à tragédia da Traipu alagoana ou da pernambucana Manari. Quem vive a realidade do sertão nordestino, se conhecesse e pudesse, adoraria ser miserável na Amazônia, onde a água doce, o peixe, a caça e a extração de frutos da floresta ainda são abundantes. No nordeste brasileiro, ainda que queira lutar contra a desgraça, o sertanejo está condenado porque simplesmente não pode plantar, não pode criar uma galinha e não pode pescar porque simplesmente ali não há água. Se não há água, a vida é mesmo precária, uma situação bem diferente do que vivem os excluídos da Amazônia. Um miserável de Jordão, diante de um miserável do sertão nordestino – e longe de mim qualquer posicionamento xenófobo – é um felizardo. Alinhá-los na mesma escala é burrice.

É claro que muita coisa ainda precisa ser feita. É absurdo um litro de combustível em Jordão custar praticamente o dobro do que é praticado na Capital do Acre. Mas por que usar como parâmetro as cidades da Europa? Lá é que o combustível deveria ser mais caro que em qualquer outra parte do mundo. Eles não produzem combustíveis e ainda assim estão entre os que mais o consomem, responsáveis, mais que qualquer outro continente, pelos poluentes que tanto agridem o planeta. Logo teriam que pagar por isso, o que, na verdade, é assunto para outro debate.

Anônimo disse...

Jordão não é o fim do mundo, como disse o ‘Fantástico', da Rede Globo, no último domingo.
O povo do Jordão toma banho de rio', enquanto que o de São Paulo não tem coragem de mergulhar no Tietê.
A reportagem da Globo, ‘é uma peça de mau gosto, desinformada, mentirosa, anti-amazônica, anti-florestal e anti-indígena'.
Só convence quem não vive aqui ou quem vive numa favela brasileira. Jordão não sabe o que significa a violência da pedofilia, que assusta as grandes cidades, a violência contra a mulher, a pornografia que mata a inocência e a adolescência. No Jordão se vive melhor do que os 12 milhões de favelados do Brasil. Além disso, Jordão tem luz elétrica em todas as casas, água potável em todas as moradias.
A estúpida concepção urbana, que determina a matriz do IDH, não leva em conta a ausência das inomináveis mazelas que atingem o homem nas grandes cidades. Não leva em conta os indicadores sustentáveis, do ar limpo, das grandes áreas verdes, ausência da guerra sem vencedores do trânsito, vida tranqüila do interior, baixíssimos índices de homicídios, poluição quase zero, um outro jeito de se relacionar com os bens materiais do planeta.
o ‘chuchu da Globo', mostrado como um legume que a população não conhece, ‘não tem serventia nenhuma', Jordão, ao contrário, não é onde o vento faz a curva. Jordão não é o fim do mundo, mas o seu começo. Ali está germinando a semente das biocivilizações do futuro, onde a fidelidade ao futuro, preservando nossos recursos naturais, é mais importante do que devorá-los como cupim e lagarta
Jordão precisa de investimento público. Não precisa é de chuchu